Operação padrão de auditores fiscais gera atrasos em voos internacionais em Porto Alegre

Os Auditores Fiscais da Receita Federal realizaram, na noite de ontem, 08, nova operação padrão que gerou atrasos de duas horas no portão de desembarque de voos internacionais do Aeroporto Internacional de Porto Alegre. A ação fez parte de uma mobilização nacional organizada pelo Sindicato dos Auditores-Fiscais da Receita Federal (Sindifisco Nacional), que acometeu aeroportos de outras seis cidades do Brasil: Campinas e Guarulhos (SP), Salvador (BA) e Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ) e Brasília (DF). 

Com a mobilização, os auditores intensificaram as fiscalizações no terminal, passando a inspecionar as bagagens de 100% dos passageiros – medida que, normalmente, atinge cerca de 30% dos viajantes. O ato faz parte da mobilização da categoria que já dura quase  seis meses. De  acordo com o Auditor Fiscal Diogo Loureiro, Diretor do Sindifisco Nacional, a operação padrão é sempre a última opção da categoria. “Sabemos o quanto isso impacta passageiros, empresas aéreas e demais atores envolvidos no contexto. Porém, lutamos há meses sem ter o mínimo de atenção do Governo Federal. Então, a nossa alternativa foi essa medida que consideramos extrema”, comenta. 

Reajuste e revogação são bandeiras da categoria
A classe reivindica recomposição salarial diante das perdas inflacionárias acumuladas há quase 10 anos, desde 2016, que somam 28%. Em 2023, o reajuste concedido foi de 9%, dentro do pacote de aumentos salariais do funcionalismo público. Os auditores também pedem a revogação de dois atos assinados pelo governo no último dia 30 de abril, que, segundo o Sindifisco, violam acordo firmado com a classe neste ano e resultam na redução do bônus de produtividade.

Mesmo considerando a medida extrema, o Diretor do Sindifisco Nacional não descarta novas ações por parte da categoria, caso as demandas continuem sem resposta por parte do Poder Executivo. “Sabemos das dificuldades enfrentadas pelo Governo Federal e temos o compromisso com a segurança e desenvolvimento do país, mas a falta de diálogo, que já perdura há cerca de meio ano, nos coloca em uma situação onde precisamos agir e assim o faremos, caso não sejamos ouvidos “, complementa Loureiro.

Fonte: Juan Link – Assessor de Imprensa
Foto – Juan Link – Sindifisco Nacional

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