Iniciou na manhã de quinta-feira (29/10) a entrega da Cesta Básica Digital, projeto da ONG Parceiros Voluntários e Fundação Telefônica Vivo. Focado na cidade de Porto Alegre, esse novo capítulo conta também com apoio da Ticket Alimentação. A ação foi realizada no Centro Social Marista N. Sª Aparecida das Águas (Rua Nossa Senhora Aparecida, 3144 – Ilha Grande dos Marinheiros) e atendeu 80 das 300 famílias em situação de vulnerabilidade social selecionadas pelo projeto. A iniciativa vai liberar auxílio alimentação no valor total de R$ 300 por família — serão três parcelas de R$ 100,00 (outubro, novembro e dezembro).
Uma das beneficiadas foi Ireni Aires, a Curuca (58 anos), líder comunitária há 28 anos. Moradora da ilha, ela divide a casa com um neto, um filho desempregado e a nora grávida. “Temos que agradecer tudo que está sendo feito. É um momento difícil com a redução das oportunidades de trabalho. Temos um histórico de atuação com reciclagem, mas com as redefinições causadas pela construção da nova ponte até isso ficou mais difícil. Por isso, o trabalho realizado aqui na ilha pelos irmãos e pela Parceiros Voluntários é muito importante”, avalia Ireni.
De acordo com o Irmão Diego Lunkes, nome à frente do Centro Social Marista N. Sª Aparecida das Águas, essa ação faz parte do contínuo processo de transformação que se pretende para as comunidades mais carentes. “A transformação nos completa. É isso que queremos fazer com essa ação. Apesar desse contexto difícil, das máscaras e do distanciamento, estamos juntos. E essa união nos permitiu ter esses grandes parceiros que nos ajudam na comunidade”, avalia.
Para Daniel Santoro, presidente da ONG Parceiros Voluntários, essa iniciativa é fundamental num tempo de distanciamento e reforça o compromisso da iniciativa privada com o papel social que o mercado contemporâneo exige. “Não estava no escopo inicial da Fundação Telefônica esse novo aporte, mas a sensibilidade em fazer conexões, descobrir e costurar interesses em comum entre organizações e pessoas foi fundamental neste novo tempo que pede o compromisso de todos”, conclui.
Segundo Laiana Souza, gerente de relações institucionais da Fundação Telefônica Vivo, neste momento de combate à Covid-19, é extremamente importante olhar para a sociedade como um todo e acreditar no poder da solidariedade e da união para melhorar esse cenário. “Nossas ações visam não só reforçar nosso papel de apoiar a Educação, mas também contribuir para outras áreas essenciais que estão mais vulneráveis neste contexto, como a saúde e a garantia à alimentação”, afirma.
José Alfredo Nahas, superintendente da Parceiros Voluntários, o papel da ONG é fazer a conexão entre pessoas e empresas que querem ajudar com quem precisa de ajuda. “Nesse momento de pandemia, só juntos que vamos minimizar os efeitos desse período tão complicado. Desta forma surgiram ideias e a Cesta Básica Digital foi uma das melhores a contemplar as necessidades desse cenário. Tanto é que o projeto é focado em atender famílias residentes nos bairros com índice de vulnerabilidade social abaixo de 0,6, segundo a Procempa”, explica.
Detalhes do projeto
Entre os bairros que se encontram abaixo da linha de corte e farão parte do projeto estão o Arquipélago, Serraia, Lageado, Anchieta, Lami, Mário Quintana, Chapéu do Sol, Lomba do Pinheiro, Farrapos, Cascata, Agronomia, Bom Jesus, Belém Velho, Restinga, São José, Santa Teresa e Belém Novo. Além disso, para as famílias participarem elas não podem estar recebendo auxílio emergencial pelo governo federal e não podem ter sido contempladas no projeto Segurança Alimentar RS.
A doação por parte da Fundação Telefônica Vivo faz parte de uma série de medidas da Vivo em prol da sociedade durante a pandemia do novo coronavírus, que incluiu formação continuada de educadores e alunos, com cursos gratuitos durante o período de fechamento das escolas públicas no país, estímulo de colaboradores para prática de voluntariado digital e doação de cerca de R$38 milhões para hospitais públicos de 12 estados brasileiros, contribuindo para a compra de insumos e equipamentos para as UTIs, além de alimentação de 60 mil famílias em extrema pobreza.
Neste processo, coube a Parceiros Voluntários em conjunto com outras Organizações Sociais das comunidades locais, analisar e consolidar a base de dados das famílias que receberão o benefício, sugerindo o melhor processo de operacionalização da entrega dos cartões. Além de planejar, implementar e coordenar o processo de entrega dos cartões alimentação, que foram confeccionados, personalizados, envelopados e encaminhados para os pontos de distribuição pela Ticket Alimentação.
