Mara Cakes e Meire Lousa compartilham sua trajetória em painel na ChocolaTCHÊ
Na última terça-feira (12), foi realizada a primeira edição da ChocolaTCHÊ – 1ª Feira e Congresso de Confeitaria Artesanal do Rio Grande do Sul. Reunindo produtos e serviços da confeitaria artesanal, apresentando tendências, inovações, melhores práticas e cases de sucesso do segmento, o painel de encerramento contou com a participação de Mara Cakes, confeiteira que se tornou um dos grandes destaques na área e hoje promove a Mara Cakes Fair, e Luzia Meire Pires Lousa, fundadora e proprietária da Loja Santo Antonio, que conta com mais 30 mil itens na loja física e mais de 8 mil na loja virtual.
Com mediação do Chef Rodney Caco, Mara e Meire lembraram o início de suas trajetórias, que se cruzaram quando Mara estava ainda no início de sua carreira na confeitaria. “Eu digo que a Meire é minha mãe na confeitaria“, brincou Mara, que contou que a Loja Santo Antonio foi o primeiro lugar que lhe deu oportunidade para ministrar seus cursos. Já Meire exaltou o talento para inovação de Mara e toda sua resiliência em sua jornada. “Digo que existe uma confeitaria antes e depois de Mara Cakes. A Mara inovou e trouxe uma valorização para as confeiteiras que trabalhavam com cremes, que não eram reconhecidas. Ela acabou por sacudir as confeiteiras e renovou o mercado. Ela estava fazendo acontecer. A Mara foi uma inovação na confeitaria“, disse.
A Loja Santo Antonio foi criada no quarto de Meire Lousa, em sua casa, para que ela pudesse dar conta dos cuidados com a casa e filhos. Com produtos pouco encontrados em outros locais, a empresária enfatizou a importância de ouvir os clientes e oferecer aquilo que ele procura. “Tem que trazer os produtos antes para os clientes. Não pode ter medo de arriscar. Nós entregamos para todo o Brasil, mas não queremos tirar a venda de ninguém. Nós não tiramos vendas, é os lojistas que não oferecem as novidades”, alertou.
Já segundo Mara não dá para ser mais ou menos. “Quem cresce com medo, cresce mais devagar. Em nenhum dos meus projetos, eu penso no ‘se’. Isso não faz parte da minha vida. Eu faço com o pensamento de ‘já deu certo'”, afirmou a confeiteira, que contou ainda sua trajetória em eventos e compartilhou com o público uma situação em que ela foi multada em uma grande feira por excesso de público em seu estande. “Eu ouvi da organização da feira que o meu público só ia ver aula de graça e comer. Isso me magoou e fez com que eu concluísse que as confeiteiras mereciam um evento só delas. A Mara Cake Fair de 2019 tinha cinco mil metros e esgotou muito rápido, com profissionais de todos os lugares. Em 2022, no pós-pandemia, a feira voltou a ser realizada, porém com 30 mil metros. E em 2023, Fortaleza ganhou uma edição da Mara Cake Fair, com 11 mil metros“, contou.
Mara, que é formada em pedagogia, ainda relembrou os produtos da sua linha de confeitaria, que continha 60 itens. “Tive que desconstruir a Mara professora para construir a Mara Cakes. Não tem certo ou errado. Tem que fazer com o coração. Façam acontecer! Não tem como dar errado quando fazemos com o coração“, disse. A empresária ainda afirmou que, para ser um franqueado, é preciso perfil. “Se percebo que o franqueado não vai conseguir gerir o negócio, eu não fecho a franquia. É preciso ter perfil, é 100% artesanal. Temos muito cuidado nas mãos de quem vamos colocar a nossa marca. É o nosso nome“, explica.
Em relação ao atendimento, Meire destaca que o tratamento ao cliente é uma das questões mais importantes do negócio. “Procuramos tratar o cliente da mesma forma que eu gostaria de ser tratada. Temos que ter gentileza, simpatia, educação. Temos que fazer o atendimento com o coração”, reforçou, contando o que prepara para os próximos anos de Santo Antonio: “Planejamos reformular a loja física. Já no online, seguimos investindo para oferecer sempre o melhor sistema com o objetivo de agilizar para o consumidor. Continuaremos também com o Você na Live (live no instagram da loja, onde confeiteiras se inscrevem para participar), o Quem Vende (sistema de cadastro para indicação de confeiteiros locais) e ainda teremos o Clube da Meire (Clube de vantagens).”
Ao final, as duas empresárias da confeitaria deixaram recados para quem está no segmento. “O mais importante de tudo é começar! Não importa como. O medo não nos leva a lugar nenhum. Ele nos segura. A confeitaria já existe dentro de vocês. O trabalho diário faz a coisa acontecer. Tem que começar e é agora”, destacou Meire. Já Mara reforçou que o importante é não desistir. “Mesmo que não haja recursos e apoio, siga em frente. Críticas sempre terão, mas há que seguir em frente no seu propósito“, disse.
Fonte: Enfato Multicomunicação