O Farol Santander Porto Alegre apresenta para o público a mostra imersiva REFLEXOS [IN]VERSOS no País das Maravilhas, de Vera Uberti, com instalações multimídia de grande escala inspiradas no famoso livro escrito por Lewis Carroll em 1865, Alice no País das Maravilhas. O projeto e a produção é da Doppio Cultural de Monica Pasinato e Ligia Pedra.

A partir de uma proposta inicial na onírica Ilha de Garda, em pleno Lago de Garda, na Itália, com InWonder(is)land, em 2021, a mostra REFLEXOS [IN]VERSOS no País das Maravilhas chega ao Farol Santander Porto Alegre com 10 grandes instalações imersivas e sensoriais. Cada uma delas representa um personagem ou um momento central da estória com uma abordagem singular por meio de tecnologias digitais, luzes de led, projeções, fibras óticas e texturas reflexivas. 

O percurso é acompanhado pelo áudio do sound designer Furio Valitutti, desenvolvido exclusivamente para a mostra, e pela exibição do vídeo Open My Glade, da artista convidada Pipilotti Rist, videoinstaladora irreverente reconhecida internacionalmente. 

Vera Uberti se apropria dos espaços expositivos do Grande Hall de modo a criar uma sucessão de experiências sensíveis, nas quais o visitante pode ir mergulhando e vivenciando condições que aludem ao estado de um sonho, que possibilitam uma viagem pelo universo de referências que a artista reprocessa mesclando suas vivências e processos criativos a partir de uma leitura pessoal de Alice no País das Maravilhas.

Ao propor esse jogo, a partir de sua própria viagem Vera Uberti retoma – para transpor – alguns de seus anteriores trabalhos nos quais já pôde propor e vivenciar, em distintos contextos, a relação com esse mundo de sonho, fantasia e desejo, e os distintos públicos, em diferentes espaços de natureza expositiva, com os quais trabalhou.  

E é nesse universo surpreendente repleto de poesia que nos percebemos como reflexos de Alice. Para viver essa viagem, como nos ensina o Coelho Branco, “Começa pelo começo. E quando chegar ao fim, para“. Correndo sempre aflito, indica a obsessão com a passagem do tempo e com a rotina corrida das pessoas. 

Metamorfose (a lagarta) revela a capacidade de se aceitar, e as mudanças e transformações ao longo da vida. Pertencimento e inclusão. Experiência de envolvimento pessoal com um sistema relacional, de forma se sentir parte integrante de algo maior. O gato misterioso, mostra que existem múltiplos caminhos possíveis. É assim a vida. E enfim, Disritmia (rainha de copas) o coração bate forte e descompassado com a tirania de cima para baixo onde não existem questionamentos. 

Dessa forma, REFLEXOS [IN]VERSOS no País das Maravilhas é uma proposta de tempo e espaço destinado ao sonhar, não porque os sonhos devam se realizar, mas porque eles devem ser sonhados, por mais impossíveis que possam parecer ser. 

OBRAS
I’m Late – I’m late, citação – não literal – ao personagem do “coelho da Alice” que é o ponto de partida para o percurso proposto. No ingresso do edifício emanam da escadaria hipnóticas luzes de led neon indicando o caminho a seguir. Um convite à viagem proposta aos visitantes e, por outro lado metafórica alusão aos velozes tempos cotidianos de mídia e redes sociais.  (mídia/tecnologia fita led, 2 refletores par led rgbw, caixa acústica, sincronismo áudio e luz).

Vertigo – O primeiro passo, precipitar na toca do coelho. Em um ambiente reduzido e escuro com uma luz estroboscópica frenética o visitante se sente desorientado, perdendo a noção de tempo e espaço. (mídia/tecnologia luz estroboscópica, 2 caixas acústicas, áudio).

Lago de Lágrimas – Alusão às lágrimas de Alice, que quando começa chorar não consegue parar. Doze grandes esculturas com altura de 12 metros cada compostas por milhares de luzes de fibra ótica criam uma paisagem íntima que os visitantes são convidados a percorrer. Cada luz traduz uma lágrima de Alice, para formar um coro envolvente de brilho e som.  (mídia/tecnologia + de 3000 fios de fibra óptica, luzes led, 12 iluminadores rgbw, caixas acústicas, refletores par led rgbw, sincronismo áudio e luz). 

O Jardim – Um imenso gramado com folhas gigantes realizadas com tecido reflete o momento em que Alice se encolhe. O visitante estará imerso em um jardim mágico onde a grama é ampliada, criando uma dimensão surreal. (mídia/tecnologia tecido lycra, película espelhada, refletores par led rgbw, caixas acústicas, sincronismo áudio e luz).

Alice – O icônico vídeo Open My Glade da artista convidada Pipilotti Rist. A obra foi escolhida para simbolizar o desejo de Alice se libertar, aprisionada dentro de uma caixa que impede o seu crescimento.
artista convidada Pipilotti Rist  – (mídia/tecnologia projeção vídeo, projetor full HD 12K, película espelhada).

Metamorfose – Nesta instalação, através de círculos com dimensões variadas iluminados por fita led, a artista joga com as proporções, com a percepção do próprio corpo. O visitante convidado a entrar nos círculos sente-se pequeno quando o círculo é grande, e grande quando o círculo é pequeno, representando a mudança contínua de tamanho da Alice.  (mídia/tecnologia 6 estruturas de círculo de ferro em variadas dimensões rodeados com luz led, película espelhada, refletores par led rgbw, caixas acústicas, sincronismo áudio e  luz).

Tea no tea – A hora do chá com o chapeleiro maluco, uma vídeo-instalação sensorial e interativa composta de uma enorme lona com orifícios onde o visitante se insere nas aberturas e vive a experiência de literalmente estar dentro de uma xícara de chá, através de  projeção, áudio e fragrância. (mídia/tecnologia tecido em lona 5mx4m com recortes circulares estendido na horizontal, película espelhada, projetores, caixas acústicas, vaporizador de odores). 

As Rosas – Ao chegar neste encantado jardim florido subitamente perde-se o contato com o mundo exterior. Intervenção lúdica formada por mais de 700 luzes de led, articuladas para alternar o colorido, em um inesperado espectro de cores e rastros luminescentes de muita beleza. ( mídia/tecnologia 720 esferas com fibras ópticas, 12 iluminadores rgbw, película espelhada, 3 caixas acústicas, sincronismo de áudio e luz). 

O Gato – “Se você não sabe onde quer ir, qualquer estrada serve”. 
Instalação que representa o inconsciente de Alice, ao entrar neste estranho e singular espaço, o visitante experimenta diversas sensações.  Em uma sala escura através de fibras óticas a ‘cauda assombrada’ do gato aparece e desaparece perguntando ao espectador onde ele quer ir. (mídia/tecnologia rede de fibra óptica de 40 metros, 4 iluminadores rgbw, 3 caixas acústicas, sincronismo áudio e luz).

Disritmia  – Instalação lúdica e sonora com um enorme coração vermelho brilhante elaborado com 125 tubos de led neon e interferência sonora. Referência a personagem da Rainha de Copas. (mídia/tecnologia tubos de led digital de 5cm, película espelhada, 2 caixas acústicas, sincronismo áudio e luz).

SERVIÇO
REFLEXOS [IN]VERSOS no País das Maravilhas
O patrocínio do Santander Brasil à exposição foi submetido e aprovado pelo ministério da Cultura no programa nacional de apoio à cultura – PRONAC – Lei Rouanet 
Onde: Farol Santander Porto Alegre  
R. Sete de Setembro, 1028 – Centro Histórico, Porto Alegre 
Quando: De 19/12/2023 a 17/03/2024
Terças à sábados, das 10h às 19h. 
Domingos e feriados, das 11h às 18h 
(Último acesso para visitação 1h antes de fechar o espaço) 
Ingressos: R$ 17,00 (inteira), R$ 8,50 (meia) e R$ 15,30 (Santander)
Cliente Santander: 10% de desconto comprando com o cartão Santander (em até 8 ingressos). 
Cliente Santander Select: 10% de desconto comprando com o cartão  Santander Select (em até 8 ingressos), e prioridade na fila de entrada  para o Farol. 
GRATUIDADE: Crianças até 2 anos e 11 meses. 
Link para compra: https://www.farolsantander.com.br/#/poa/agenda 
Artista e curadora Vera Uberti 
Sound Designer Furio Valitutti 
Artista convidada Pipilotti Rist 
Texto crítico Marcos Moraes 
Projeto e produção Doppio Cultural de Monica Pasinato e Ligia Pedra

Fonte: Andressa Riquelme – Assessoria de Comunicação