A UniRitter apresentou à comunidade o projeto de extensão (Re)viver, desenvolvido pela professora Raquel Daroda e estudantes do curso de Arquitetura e Urbanismo, com apoio de empresas parceiras. A iniciativa, idealizada no período das enchentes de maio no Rio Grande do Sul, consiste em ofertar bibliotecas modulares e acesso à literatura às crianças das escolas de educação infantil e creches atingidas pelas cheias. O primeiro módulo esteve à disposição dos visitantes da Feira do Livro de Porto Alegre nesta terça-feira (19), no espaço Território dos Parceiros, ao lado do Museu de Arte do Rio Grande do Sul (MARGS), com atividades ao longo de todo o dia.

A biblioteca modular presente na Praça da Alfândega dispôs de um kit-base de livros novos com 40 obras recomendadas para a primeira infância. O espaço também contou com outros títulos indicados para essa fase da vida, obtidos a partir de doações de livros em bom estado de conservação feitos por alunos da rede privada de Porto Alegre. Além do acesso aos livros, a programação do local dispôs de contação de histórias, oficina de interação entre as crianças e o autor Pedro Leite e inclusão digital a partir da experiência com óculos de realidade virtual (VR).

Durante o dia, a equipe do centro universitário recebeu crianças e adolescentes de escolas e projetos sociais que puderam conhecer o módulo desenvolvido pelo (Re)viver. Entre o público presente nas atividades estiveram jovens da Escola Municipal de Ensino Fundamental Neusa Goulart Brizola, de Porto Alegre, da Escola Municipal de Ensino Fundamental Getúlio Vargas, de Cachoeirinha, e do projeto social RBF Canoas Futsal.

“Colocar o (Re)viver em prática é uma grande vitória, conquistada a partir da união de esforços entre a instituição de ensino superior e as entidades e parceiros que acreditaram no poder dos livros como importante instrumento de reconexão das crianças com o ambiente escolar nessa fase de retomada das atividades”, afirma Raquel Daroda, coordenadora do (Re)viver e professora de Arquitetura e Urbanismo da UniRitter.

Com o olhar atento à demanda, a proposta contempla um espaço lúdico, acolhedor e convidativo para estimular o interesse pela leitura. “Acessar o universo das histórias ativa a imaginação, amplia o repertório de visão de mundo e ajuda na construção da identidade. Por meio dos livros as crianças fortalecem vínculos e desenvolvem habilidades socioemocionais, entendendo sobre os seus sentimentos e o mundo que as cerca”, acrescenta Raquel que, na ocasião, também lançou com apoio institucional do centro universitário uma plataforma que aborda a relação entre cidade e infância, parte de sua pesquisa de pós-doutorado.

Após as atividades na Feira do Livro, o módulo fica à disposição da população no campus Canoas da UniRitter e, na sequência, pelo menos cinco módulos serão destinados a Escolas Municipais de Educação Infantil afetadas pela enchente naquela cidade. O (Re)viver foi concebido a partir da percepção do prejuízo sofrido por 18 Escolas Municipais de Ensino Infantil de Canoas, que tiveram suas sedes diretamente atingidas pela água, perdendo espaços e acervos. Mais de 2,5 mil crianças foram impactadas, tanto na condição de estudantes quanto de habitantes das áreas afetadas. O projeto tem o apoio institucional do Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Sul (CAU/RS), do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-RS) e da rede Urban95.

Após o lançamento, o próximo passo do projeto (Re)viver será consolidar novas relações com interessados, incluindo representantes do poder público, em levar a proposta diretamente às instituições de educação infantil de Canoas e de Porto Alegre.

Fotos: Raquel Daroda / UniRitter
Bibliotecas modulares serão entregues a escolas atingidas pela enchente
Fonte: Moglia Comunicação Empresarial