Pedro Gonzaga retoma a produção de crônicas em seu novo livro, Buenos Aires, Hora: Zero

O escritor, poeta, professor e tradutor Pedro Gonzaga lançou no sábado, dia 2 de agosto, seu 13º livro, Buenos Aires, Hora: Zero. A obra, que marca o retorno do autor à produção de crônicas, fala sobre a capital argentina, onde o porto-alegrense reside desde 2022, e também de amizades, dores, amores e personagens portenhos em histórias cheias de graça. 

O lançamento, no Instituto Ling, contaou com sessão de autógrafos com o cronista e com uma conversa aberta ao público, tendo a participação do psicanalista e escritor Abrão Slavutzky. No bate-papo, eles discutiram as fronteiras entre literatura e ensaio, além de abordar como a escrita é capaz de expandir o mundo e a vivência de cada um de nós.

Recolhidas ao longo de três anos, as crônicas trazem observações instigantes sobre o cotidiano portenho, apresentando um amplo panorama para quem já conhece Buenos Aires e para quem ainda não esteve no local. “De certo modo, a capital portenha é uma jovem Roma, com seus cinco séculos, tantas vezes refundada, em que prédios franceses, casas espanholas, caixotes funcionais, faraônicos prédios governamentais se mesclam sem critério algum, sitiados por fiações expostas, magníficas avenidas e parques mantidos com esmero. Por alguma razão, parece haver mais tempo num lugar composto por muitos lugares distintos. E mais possibilidades de beleza, porque o que sobrevive lampeja por entre fuligem, a mugre, as ruínas e os novos espigões envidraçados”, escreveu Pedro em um dos contos.

A publicação também conta com fotos da capital federal feitas por Tainá Henn, esposa do escritor. Entre elas está a imagem de capa do livro. “Como revisei e escrevi muitas das crônicas do livro de madrugada — e aproveitando o título de um tango do Piazzolla, Buenos Aires, hora zero — pedi à Tainá que tirasse uma foto de nossa janela para ilustrar, na capa, esta ideia de um horizonte dos eventos, entre o fim da noite e o início do dia. Piazzolla pensava na hora em que o tango começa, eu queria este instante em que a vida ainda não se joga no cotidiano”, conta Gonzaga.

Fonte: Jéssica Barcellos Comunicação

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