Weinmann disponibiliza teste para coronavírus
O Weinmann acaba de lançar no mercado um teste molecular para detectar o novo coronavírus (2019-nCoV). O exame foi desenvolvido em apenas uma semana pela área de Pesquisa e Desenvolvimento do Grupo Fleury, que detém a marca Weinmann, e será disponibilizado nos hospitais parceiros do laboratório no Rio Grande do Sul, como o Hospital Mãe de Deus. Assim como praticado na ocasião do surto de H1N1, por se tratar de uma situação de saúde pública, o Grupo Fleury oferece esse exame aos hospitais parceiros a preço de custo.
O teste baseia-se no método de PCR, seguindo protocolo alemão e validado de acordo com as normas do Colégio Americano de Patologistas (CAP). “A partir da chegada de reagentes importados no dia 6 de fevereiro de 2020, conseguimos desenvolver em tempo recorde, dentro de nossa área de P&D, o exame para detecção do novo coronavírus. O protocolo técnico foi totalmente elaborado pelo Grupo Fleury, que além dos testes com reagentes desenvolveu em paralelo todas as ações operacionais e logísticas para que o exame fosse disponibilizado para seus hospitais parceiros o mais brevemente possível”, conta Dr. Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Grupo Fleury.
A recomendação de utilização do teste seguirá o protocolo de cada instituição. No entanto, de acordo com a pouca literatura existente sobre este vírus tão novo, já se sabe que a realização do exame ainda nos primeiros 10 dias das manifestações clínicas dos sintomas é a forma mais eficaz de detectar o vírus.
Por se tratar de uma infecção respiratória, o diagnóstico do novo coronavírus é feito a partir de uma amostra de raspado (swab) de nasofaringe, isto é, material obtido da mucosa do fundo do nariz com uma haste flexível. Também serão aceitos outros materiais do trato respiratório, como lavado nasal, lavado broncoalveolar e raspado de orofaringe. Profissionais de saúde responsáveis pela coleta devem seguir as precauções usuais para demais vírus respiratórios e usar avental, máscara PFF2 (N95), luva e óculos. Após o procedimento, o material coletado é enviado para análise na área de biologia molecular.
Quem deve realizar o exame? Até a presente data, 18 de fevereiro, o Ministério da Saúde (MS) não confirmou nenhum caso de infecção pelo novo coronavírus no Brasil, e os casos suspeitos estão diminuindo a cada dia. De acordo com a pasta, cerca de 40 casos suspeitos já foram descartados em todo o Brasil. A realização dos testes segue os critérios epidemiológicos do MS, ou seja, é recomendado para pessoas com febre associada a um sintoma respiratório, como tosse ou dificuldade para respirar; e que tenham histórico de viagem a área com transmissão local do 2019-nCoV (atualmente, somente a China), ou contato próximo com caso suspeito ou confirmado, nos 14 dias que antecederam o início dos sintomas.
Como o vírus é transmitido? Sabe-se muito pouco sobre o novo coronavírus, cujas formas de transmissão ainda estão sob investigação. Mas já há conhecimento de que o contágio ocorre de pessoa para pessoa ou pelo contato com secreções contaminadas, como:
▪ gotículas de saliva;
▪ espirro;
▪ tosse;
▪ catarro;
▪ contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão;
▪ contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.
Como prevenir?Não há casos confirmados no Brasil, mas para evitar o contágio pelo coronavírus – e outros tipos de infecções respiratórias –, a recomendação é lavar bem as mãos com água e sabão, por cerca de 20 segundos, e a cada duas horas. Se não houver água e sabonete, usar álcool em gel. Outras recomendações são:
▪ evitar tocar nos olhos, nariz e boca com as mãos não lavadas.
▪ evitar contato próximo com pessoas doentes.
▪ cobrir boca e nariz ao tossir ou espirrar com um lenço de papel e jogar no lixo.
▪ limpar e desinfetar objetos e superfícies tocados com frequência.