Parceiros Voluntários faz intermédio de doações de cestas básicas à instituições de Porto Alegre
O impacto da pandemia de Covid-19 sobre o mundo expôs ainda mais a desigualdade social em que vivemos. Por intermédio da ONG Parceiros Voluntários, que fomenta e acredita que somente através da união dos diferentes setores da sociedade, construindo redes colaborativas, é que vamos superar os desafios do cenário atual, o banco BTG Pactual abraçou este propósito e doou mais de 200 cestas básicas à entidades e instituições comunitárias.
Uma das beneficiadas foi o Centro de Educação Ambiental, localizado no bairro Bom Jesus, em Porto Alegre. Fundada em 1996 e liderada até 2018 por Marli Medeiros – ano de seu falecimento -, o CEA é administrado a partir de três eixos: o Centro de Triagem da Vila Pinto (CTVP); o Centro Cultural Marli Medeiros; e a Creche Comunitária Vó Belinha. Isso totaliza 450 crianças e adolescente, 35 recicladores e 42 colaboradores celetistas, entre educador social, psicólogo, assistente social, cozinheiro, nutricionista e outros.
Outra instituição beneficiada por esta ação foi a Associação Madre Teresa de Jesus, no bairro Morro Santana, também em Porto Alegre. Fundado em 2005 por Sandra Castilhos, que até hoje preside a instituição, o projeto mantém o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos em parceria com a Prefeitura Municipal de Porto Alegre. Hoje a ONG conta com cinco funcionários, cinco voluntários e atende em torno de 45 crianças e adolescentes com idade entre seis e 15 anos, em situação de vulnerabilidade social, no turno inverso ao da escola.
Henrique Medeiros, representante do CEA e neto da fundadora, conta que a excelente relação da instituição com a Parceiros Voluntários tem sido fundamental neste momento tão complicado. “O CEA hoje tenta caminhar sobre as diretrizes que a PV tem criado. Garantimos 100 cestas básicas para as famílias da nossa creche. E isso são esforços grandiosos com reflexos importantíssimos na vida destas famílias. É um conjunto de ações, relações, parcerias e medidas logísticas para garantir esse sustento para quem têm pouco ou nada”, analisa.
Enquanto isso, Sandra, presidente da AMTJ, conta que a relação com a Parceiros Voluntários já é longa e os frutos são observados no cotidiano da instituição. “Já realizamos cursos e capacitações com a PV, o que foi excelente, já que não temos recursos para pagar cursos e é necessário estarmos sempre em aprimoramento. Além disso, fazer parte da rede PV, fortalece a todos, pois trazemos a capilaridade e a noção do que ocorre na ponta. Por fim, a PV nos transmite conhecimento qualificado, acesso a um banco de dados de voluntários e uma enorme capacidade de mobilizar pessoas para a causa social. A doação destas 100 cestas básicas, por exemplo, garantiu o mantimento das 31 famílias que auxiliamos”, conta Sandra.
Estas diretrizes criadas pela Parceiros Voluntários, conta Medeiros, têm sido importantes em diversos processos do CEA. “Essa doação é uma benesse para a comunidade, mas pode se tornar um grande problema se não for distribuída de forma organizada. Fazemos um trabalho cauteloso e usamos listas já vinculadas à nossa instituição. Elencamos os mais necessitados, seus problemas e daí fazemos essas conexões com as famílias, por telefone ou pessoalmente. E há um cronograma, para que não haja aglomeração”, explica Medeiros.
Segundo José Alfredo Nahas, superintendente da Parceiros Voluntários, o empreendedor precisa transitar sobre as áreas não assistidas do terceiro setor e compreender seu papel neste processo. “Temos uma desigualdade muito grande no contexto em que estamos inseridos e apenas a compreensão disso poderá nos fazer avançar quanto sociedade. É preciso despertar em cada uma das pessoas o senso de Responsabilidade Social Individual, congregar o maior número de empresas e instituições no engajamento desta ideia e, assim, o movimento possa mobilizar toda a sociedade”, analisa.