O coletivo Arquitetos Voluntários, que reúne mais de 70 profissionais, expandiu o seu projeto às unidades de saúde e de pronto atendimento da Capital gaúcha. Isso porque esses locais também são responsáveis por receber a população para diagnosticar casos de Covid-19. Diante disso, a comunidade do bairro Rubem Berta, que conta com uma unidade de saúde gerenciada pelo Grupo Hospitalar Conceição, a Unidade de Saúde Parque dos Maias – USPM, será uma das contempladas com a iniciativa. A unidade faz a primeira triagem dos casos suspeitos da Covid-19 nessa região, além de todo o atendimento do dia a dia da comunidade, consultas médicas, odontológicas, vacinas, etc.

Segundo a arquiteta e coordenadora do projeto na USPM, Cynthia Garcia, internamente a atuação do coletivo será na área de atendimento aos casos com suspeita de Covid-19, estruturando divisórias e os espaços de paramentação e desparamentação da equipe. A  ação inicial do coletivo foi providenciar a ampliação da área de recepção dos pacientes que está sendo feita na parte externa, de forma a ter o devido distanciamento social e ventilação natural.

Além disso, uma tenda estilo pirâmide ampliou em 50m2 a área de atendimento e agora está sendo preparado o piso e programação visual para orientação desse serviço. “As unidades básicas de saúde são muito importantes para as comunidades. E para nós, como arquitetos,  é muito gratificante poder ajudar nessa luta contra a Covid-19 e, principalmente, contribuir na duplicação de áreas onde eles precisam organizar e dividir pacientes evitando e diminuindo o risco de contaminação entre eles. É extremamente prazeroso fazer esse trabalho junto à população”, ressalta Cynthia.

Para o desenvolvimento e execução desse projeto, a equipe conduzida por Cynthia é formada pelas arquitetas Ana Paula Mielke, Daniela Lomba, Lisiane Scardoelli, Gabriela Mottin, Mádia Santos Borges, Verônica Zanuzzi e o arquiteto Josué Michels. “Para esta ação, o trabalho em equipe, a partir da união de vários profissionais que não costumam atuar juntos, é uma maneira de fazer com que a nossa profissão seja vista como uma função extremamente importante para a nossa sociedade e, que, sim, podemos ser atuantes também”, conclui Cynthia.

Esse movimento surgiu com a iniciativa da Grow, aceleradora de startups, que está puxando um Hackathon – evento para discutir ideias e desenvolver softwares a fim de criar soluções para problemas específicos – para o enfrentamento ao Covid-19.

 

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