Hospital Mãe de Deus implanta inteligência artificial que auxilia no diagnóstico de pacientes
O Hospital Mãe de Deus, em Porto Alegre, está implantando a Robô Laura, plataforma de inteligência artificial e tecnologia cognitiva que ajuda a gerenciar riscos no ambiente hospitalar. A ferramenta é disponibilizada pelo Grupo Fleury, dono das marcas Weinmann e Serdil no Rio Grande do Sul, a partir de uma parceria da companhia com a startup Laura.
Desenvolvida a partir de algoritmos que analisam sinais e sintomas, além de resultados de exames de sangue, a Robô Laura emite alertas encaminhados à equipe assistencial, indicando alterações na evolução dos pacientes, sinalizando os que apresentam maior risco de deterioração clínica por infecção generalizada, por exemplo – também conhecida como sepse. Além disso, a plataforma sinaliza com antecedência outros casos de desfecho desfavorável, já que por meio da tecnologia é possível reduzir o tempo de espera para detecção de anormalidades.
O objetivo do acordo entre o Grupo Fleury e a startup Laura é oferecer a tecnologia inovadora aos hospitais clientes da companhia em todo território nacional. É um diferencial aos serviços já contratados por meio de inteligência artificial que analisa dados e tem o potencial de predição podendo, dessa forma, aumentar a eficiência dos hospitais com um diagnóstico preciso e integrado. “Desde sua fundação há 94 anos, o Grupo Fleury busca implementar processos e tecnologias mais avançados para garantir a segurança do paciente. A Robô Laura é uma ferramenta que entrega mais segurança para as equipes médicas, auxiliando no diagnóstico de qualidade e na busca pela melhor condução ao paciente”, afirma Aline Amorim, gerente sênior de Negócios B2B do Grupo Fleury.
Robô Laura no HMD – A efetivação da parceria para uso da Robô Laura faz parte do cronograma de aceleração da Central de Comando do HMD, uma das ações de inovação do planejamento estratégico da instituição. Após realizar o processo de integração de sistemas, o que significou fazer o robô reconhecer o prontuário do Hospital e aprender como a instituição funciona, a tecnologia está sendo utilizada em formato teste nas unidades de internação COVID-19 e na cirúrgica. “A vantagem da Robô Laura com relação a outros sistemas de inteligência artificial é que ele foi desenvolvido especialmente para que as instituições de saúde possam identificarem com antecedência os sinais de piora dos pacientes. A Robô Laura é capaz de antecipar em até 12 horas o alerta de deterioração clínica, dando ao time assistencial mais tempo para iniciar a gestão do cuidado. A inteligência artificial procura problemas para evitar que eles aconteçam, e ao reduzir o tempo de identificação de casos de infecção generalizada e aumentar a velocidade de administração de antibióticos, o robô pode ser essencial para salvar a vida de um paciente”, afirma o Dr. Marcius Prestes, gerente de fluxo do Hospital Mãe de Deus.
Para o CEO da startup Laura, Cristian Rocha, aumentar a eficiência dos serviços de saúde se torna cada dia mais importante. “A inteligência artificial ajuda enfermeiros e médicos a identificar quais são os casos de maior gravidade e agir rapidamente quando necessário. O Hospital Mãe de Deus é um dos melhores hospitais do país e, para nós, é uma grande alegria poder ajudá-los no cuidado ao paciente”, afirma.
Robô Laura – A startup Laura nasceu de uma história pessoal que serviu de inspiração para construir algo que ajudasse a salvar vidas. O arquiteto de sistemas Jac Fressatto, fundador e presidente do Instituto Laura Fressatto, desenvolveu a plataforma após a morte de sua filha, Laura, por sepse, em 2010. A Robô Laura é o primeiro em todo o mundo a ser usado para gerenciamento de riscos na área da saúde. No mercado desde 2016, a plataforma já teve aproximadamente 8,4 milhões de atendimentos analisados e reduziu em média 25% a taxa de mortalidade hospitalar. Ajuda a salvar em média 18 vidas por dia em mais de 30 instituições hospitalares de todo o País, entre elas Erasto Gaertner e Nossa Senhora das Graças, ambos em Curitiba (PR); Hospital Marcio Cunha (MG); Santa Casa de Londrina (PR) e Ministro Costa Cavalcanti (PR), Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP) e Hospitais Leforte (SP).