Tornar o Ayurveda, o milenar sistema de medicina tradicional da Índia mais conhecido do público brasileiro e chamar atenção para a importância de um ensino superior regulamentado foram algumas pautas debatidas entre o Embaixador da Índia, Suresh K. Reddy, e comitiva, em visita à Escola de Ayurveda na última sexta-feira, 11 de dezembro.  A visita fez parte de uma extensa agenda do diplomata na capital e interior do estado.

Interessado em conhecer o trabalho da Escola de Ayurveda – com sede em Porto Alegre e operação em 14 capitais brasileiras – O Embaixador veio acompanhado pelo Cônsul Geral da Índia no Brasil, Amit Kumar Mishra, e assessores. No encontro, o Diretor da Escola, Fernando Oliveira, apresentou o histórico da instituição e discorreu sobre a necessária regulamentação dos profissionais da área, implantação de ensino superior, agilidade na importação de produtos fitoterápicos, entre outras demandas. Para Oliveira, a visita do Embaixador coroa o trabalho desenvolvido pela escola há sete anos e que, em 2020, enfrentou grandes desafios. “No início do ano, implantamos mudanças no sistema de ensino, alterando a extensão do curso de 18 meses para três anos. Com a pandemia, essas mudanças foram especialmente desafiadoras”, revela. Por outro lado, se mostrou otimista com o apoio institucional da Embaixada, no que toca às demandas atuais e planos futuros.

O Embaixador, por sua vez, assegurou ter ficado muito bem impressionado com o trabalho da Escola e se colocou à disposição para apoiar todos os esforços, no sentido de aproximar o Ayurveda dos brasileiros como uma opção de tratamento de baixo custo, sem efeitos colaterais.  “O Ayurveda é uma ciência, não é algo mágico. É um tratamento integral, que traz consciência sobre o corpo e, por isso, costumamos dizer que é uma terapia para toda a vida”.

O Ayurveda é uma das 29 Práticas Integrativas e Complementares (PICs), aprovadas em 2006 no Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro, o que legitima e incentiva o uso destas terapias. Segundo dados do Ministério da Saúde, as PICs estão presentes em aproximadamente 54% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e em todas as capitais brasileiras.

 

 

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