Dia Nacional de Prevenção de Acidentes no Trabalho: meta é reduzir acidentes e promover ambientes seguros
O Dia Nacional de Prevenção de Acidentes no Trabalho, comemorado em 27 de julho, tem como principal objetivo a redução dos índices de acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e fatalidades. Entre 2012 e 2022, foram notificados 6.774.543 acidentes de trabalho no Brasil, segundo dados do Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (SmartLab).
Para alcançar essas metas, a coordenadora do Curso Técnico em Segurança do Trabalho da Escola Técnica Fundatec (ETF), Graziela Flores, orienta que é necessário que gestores empresariais busquem informações e capacitem suas equipes com técnicos, engenheiros e enfermeiros do trabalho. Além da gestão de processos e legislação, é fundamental a compreensão da importância da segurança do trabalho para prevenir danos físicos e psicológicos aos trabalhadores, bem como a promoção de um ambiente saudável e seguro de trabalho.
Com o objetivo de reduzir os altos índice de acidentes de trabalho, em 1944, surgiu a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) nas empresas como uma ferramenta em que os trabalhadores tivessem ações sobre estes acidentes. A CIPA foi estabelecida oficialmente a partir de 1978, com a Portaria 3214, e, também, as normas regulamentadoras para promover ambientes de trabalho mais seguros. “Além da CIPA, a Norma Regulamentadora 4 (NR4-SESMT) define a necessidade de implantação de Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) nas empresas, de acordo com o número de funcionários e o grau de risco das atividades desenvolvidas no sentido de ter pessoal qualificado e habilitado trabalhando diretamente com estes temas para promover um bom ambiente laboral. Essas estruturas são essenciais para garantir a implementação efetiva das políticas de segurança e saúde no trabalho”, explica a coordenadora.
Os trabalhadores também têm direitos e deveres, como o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e a recusa de realizar atividades para as quais não tenham segurança suficiente para desempenhá-las. A legislação ampara tanto os trabalhadores quanto as empresas, que devem seguir procedimentos de segurança para evitar acidentes. “Por exemplo, um trabalhador que sofre um acidente terá danos físicos. Haverá o processo de recuperação desse trabalhador e, às vezes, os danos psicológicos podem ser altos, porque alguns acidentes são graves, e isso leva muito tempo para uma pessoa se recuperar. O dano do reparo é muito maior“, observa Graziela.
A cultura de segurança ainda é um desafio no Brasil. Empresas com sistemas de gestão mais estruturados tendem a implementar políticas de segurança que melhoram os processos produtivos e reduzem paradas e retrabalho. A segurança do trabalho é vista como um investimento na otimização dos processos e na proteção dos trabalhadores, promovendo um ambiente de trabalho mais seguro e produtivo. “Para participar ativamente na promoção de ambientes de trabalho mais seguros, as empresas devem adotar várias medidas. Primeiramente, os gestores precisam estar cientes das informações e práticas de segurança, contratando profissionais qualificados e promovendo a capacitação contínua de suas equipes. É essencial que as empresas implementem políticas de segurança baseadas nas normas regulamentadoras e legislações vigentes, assegurando que os procedimentos sejam seguidos rigorosamente”, relata a coordenadora.
A construção de uma cultura de segurança no ambiente de trabalho envolve a sensibilização de todos os níveis da organização. Os gestores devem estar comprometidos com a segurança, entendendo-a como parte integrante da qualidade e eficiência dos processos produtivos. A segurança no trabalho deve ser vista como um investimento que, a longo prazo, traz benefícios tanto para os trabalhadores quanto para as empresas.
Fonte: Usina de Notícias
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