Em um mundo dominado pelos homens, B-Girl Naju se destaca como grande força do breaking em nova montagem de TRIVIAL – Um espetáculo de B-boys

Neste sábado (2), o Teatro Bruno Kiefer será palco de um novo momento para a dança urbana de Porto Alegre. Com um elenco totalmente independente, formado pelos B-Boyz Daniel Cavalheiro, T2, Deaf, B-Boy Julinho RC e B-Boy César RC, agora a B-girl Naju soma-se à TRIVIAL – Um espetáculo de Bboys com uma proposta construída na base da cultura hip hop, mais conhecida como breaking. A apresentação, que ocorre às 20h, no Teatro Bruno Kiefer, da Casa de Cultura Mario Quintana, integra a programação do 18º Festival Palco Giratório de Porto Alegre.

Naju, 28 anos, integra o movimento breaking desde 2012. Além de promover oficinas periódicas para mulheres e, atualmente, atua como educadora na Casa da Cultura Hip Hop de Esteio. Já participou de eventos pelo Brasil e América do Sul, conquistando vitórias em várias batalhas. Em 2023, chegou ao top 16 das B-girls na Red Bull BC One Cypher, em São Paulo.

Da periferia para as Olimpíadas
Criado no Bronx, na cidade de Nova York, durante os anos 1970, o breaking (ou breakdance) é um estilo de dança de rua que faz parte da cultura do hip hop – nascido e vivenciado nas comunidades afro-americanas e latinas. Até hoje, o estilo tem grande relevância social, política e cultural, funcionando como manifestação artística de resistência. Praticado em todo mundo, inclusive como competição, em 2024 o breakdance estreia como modalidade na Olimpíada de Paris.  

O diretor e coreógrafo Driko Oliveira é membro da Cia Municipal de Dança de Porto Alegre, da Cia H de Dança e da Ânima (companhia de dança de Eva Schul) desde 2014. À frente da Cia Jovem de Dança, coreografou três trabalhos com jovens de escolas públicas da Capital, e, em sua carreira independente, desenvolveu uma proposta que mistura as danças urbana e contemporânea, o que chamou de “contempurbano”.

É tudo muito comum, mas não é bem assim. O espetáculo de Bboys busca em diferentes cenas criar um paradoxo em trivialidades cotidianas de jovens – e o mais trivial é receber uma B-girl. Depois de todas as trivialidades ditas nas Olimpíadas, como a realidade diária de profissionais liberais, pais de família, membros de uma sociedade desigual podem mostrar que dançar breaking é a forma de expressão e profissão que sustenta esses artistas emocional e financeiramente. Em TRIVIAL, o cotidiano e o comum tomam outro sentido”, explica.

FICHA TÉCNICA
Direção e coreografia:
Driko Oliveira
Bboys: B-girl Naju, Daniel Cavalheiro, T2, Deaf, B-Boy Julinho RC e B-Boy César RC
Iluminação: Guto Greca
Sonorização: André Vinowsky
Trilha sonora: Sustain Produções
Produção: Luka Ibarra/Lucida Desenvolvimento Cultural
Fotografias: Nando Espinosa
Vídeo: Fernando Muniz Moov.Art

SERVIÇO
TRIVIAL – Um espetáculo de Bboys
Quando:
2 de Novembro | Sábado | 20h
Onde: Teatro Bruno Kiefer – 5ª andar da Casa de Cultura Mario Quintana (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico)
Ingressos: R$20 Inteira
Ingressos antecipados: https://ecommerce.sesc-rs.com.br/ecommerce.paginaproduto.aspx?1376,Trivial%2c-um-espet%C3%A1culo-de-B-boys-%7c-Coletivo-N-Amostra-Urbana-(RS)—18%C2%BA-Festival-Palco-Girat%C3%B3rio

Fonte: Roberta Amaral | Jornalista
Foto: Nando Espinosa

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.