O ano de 2018 foi de instabilidades políticas e econômicas até o fim do pleito eleitoral, em outubro, mas também foi marcado pela contenção da inflação, a recuperação do mercado de trabalho e uma melhora contínua do setor de comércio e serviços. Para 2019, as perspectivas são positivas. Segundo o presidente da entidade, Luiz Carlos Bohn, a recessão acabou, e espera-se, com o novo governo, a implementação de uma agenda de reformas e de promoção do crescimento sustentável.  “O novo governo tem inúmeros desafios. Entretanto, os primeiros sinais apontam na direção correta. Precisamos enfrentar aquilo que estruturalmente aumenta o gasto público e o que cria empecilho ao crescimento.”, destaca.

As análises e projeções são da Federação do Comércio de Bens e de Serviços do Estado do Rio Grande do Sul, que apresentou nesta quarta-feira (5) as perspectivas para 2019, além de um balanço da economia e das atividades do Sistema Fecomércio-RS em 2018.

ACESSE AQUI A APRESENTAÇÃO DO ECONOMISTA MARCELO PORTUGAL

Discussões e atividades de 2018 – Ao longo de 2018 a Fecomércio-RS esteve presente no interior do Estado, com a pauta A importância do seu voto, no tradicional Giro Pelo Rio Grande. Cidades como Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves, Pelotas, Santo Ângelo, Uruguaiana e Santana do Livramento foram palco de debate sobre os principais assuntos que dizem respeito à qualidade de vida da sociedade gaúcha. Mais de 800 pessoas participaram dos encontros nas principais regiões gaúchas.

O ano também foi marcado por um grande avanço em uma das principais pautas de reivindicação das empresas gaúchas, a cobrança do Imposto de Fronteira, conhecido como Difa – Diferencial de Alíquotas de ICMS. A Fecomércio-RS foi protagonista em ação votada no Supremo Tribunal Federal no mês de novembro e que se encontra em aberto devido a um pedido de vistas do ministro Gilmar Mendes. “A votação renovou as nossas esperanças de vitória. Por enquanto estamos dando de goleada: 4×1 em favor do contribuinte. Nossa ação, agora, será no sentido de tentar influenciar para reduzir o tempo de pedido de vistas, de forma que o julgamento possa ser retomado” destaca Bohn.

2019: Otimismo e esperança com as reformas – O novo governo promete uma  política de  contenção de gastos públicos, privatizações, concessões e abertura comercial. As reformas da previdência e tributária devem tomar lugar de prioridade entre as medidas do governo, já no início do mandato. “A sociedade brasileira precisa entender que não podemos mais conviver com um Sistema Previdenciário estruturalmente deficitário. Isso repercute cotidianamente na nossa vida e, se não fizermos nada, a situação será insustentável. Em 2019, continuaremos percorrendo o Rio Grande mostrando que precisamos apoiar medidas que construam possibilidades de um futuro melhor.”, defende Bohn.

O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) projetado para o Brasil no final de 2019 é de 2,8%, igual ao verificado em 2018. No Rio Grande do Sul, a projeção fica abaixo da expectativa nacional, com crescimento esperado de 2,1%. “Para o RS voltar a crescer é preciso um compromisso com uma agenda de crescimento econômico que, entre outras coisas, priorize a melhoria da nossa infraestrutura logística e de um ataque ao problema fiscal na sua origem: a despesa do setor público.” As perspectivas da entidade projetam a Selic a 7% a.a. e o câmbio em R$ 3,88/US$ para o final de 2019.

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