Pensada para incluir um toque de beleza e arte na rotina de quem passa pelo túnel da Estação Rodoviária do metrô, a Galeria Xico Stockinger está completando dois anos de democratização do acesso à cultura. Inaugurado em 24 de abril de 2019, o projeto é uma iniciativa da Trensurb em parceria com o Sesc-RS, responsável pela curadoria das exposições. Desde 2019, estiveram em cartaz no local trabalhos como: A Dança e a Arte da Cultura Gaúcha (atualmente em exposição), do fotografo Deivis Bueno; O Corpo Expressivo, de Fernando Espinosa; Black Power, de Claudio Benevenga; Cultura Viraliza: Circo e Cidade, do coletivo Câmeras Passeadeiras; Mantenho o que disse, de Ana Mendes.

De acordo com o gerente de Comunicação Integrada da Trensurb, Jânio Ayres, o espaço foi inspirado no sucesso da Galeria Mario Quintana, criada em 2006 na Estação Mercado, e é um esforço da empresa para tornar a arte mais acessível: “A Galeria Mario Quintana já foi vitrine para mais de 100 exposições de artistas consagrados e iniciantes ao longo dos últimos anos. Entendemos que a Trensurb tem, em sua história, contribuído para o acesso à cultura e o retorno dos usuários sempre é muito positivo. No final, o que interessa é que nosso público tenha o direito de acesso às obras de arte”. O gerente também salienta a importância da parceria com o Sesc-RS para a realização dos projetos: “A parceria com o Sesc é para nós a certeza de uma programação qualificada e ainda com mais visibilidade para a divulgação das exposições e dos artistas”.

A Galeria Xico Stockinger foi batizada em homenagem ao centenário do artista austríaco radicado no Brasil, falecido em 2009, um dos principais nomes das artes plásticas no Rio Grande do Sul. Xico completaria cem anos em 7 de agosto de 2019. Um fator que contribuiu para a escolha de seu nome para batizar o espaço foi sua amizade com Mario Quintana, que empresta seu nome à galeria da Estação Mercado.

Convidada para a cerimônia de inauguração da galeria, a filha de Xico, Jussara Stockinger, fez, na ocasião, um agradecimento à Trensurb e ao Sesc em nome dela própria e da mãe. “É uma homenagem muito bonita, faz bem para o coração também”, declarou. Ela afirmou que uma iniciativa como a galeria, localizada em um espaço público e de fácil acesso à população, reflete a visão que seu pai tinha sobre a arte: “Meu pai dizia uma coisa, que a obra de arte foi feita para ser tocada”. Para Jussara, a obra de arte “ir para a rua é mais ou menos isso, ser tocada, sentida, é para as pessoas verem”.