A concessionária GAM3 Parks, responsável por administrar o Parque Harmonia e o Trecho 1 da Orla, uniu forças com a startup carioca Polen para criar o Recicla Guaíba. O projeto, que será lançado oficialmente no dia 22 de março, no Dia Mundial da Água, estará centrado inicialmente em dois pilares: Pontos de Entrega Voluntária (PEVs) e educação ambiental.

“Temos ciência do impacto ambiental causado pelo padrão de consumo, portanto, precisamos agir e criar ações que promovam a reciclagem, atos que tornem a Orla 1 e o Parque Harmonia exemplo de sustentabilidade“, destaca a arquiteta e diretora administrativa da GAM3 Parks, Carla Deboni.

Dentro do plano de ações do Recicla Guaíba está a instalação de 56 pontos de entrega voluntária (PEVs) de resíduos recicláveis. Na primeira fase, quatro coletores móveis irão cobrir a via pública (Av. Edvaldo Pereira Paiva) aos finais de semana e durante eventos.

Já na segunda fase, ocorrerá a instalação de PEVs fixos nos restaurantes e quiosques da Orla 1. Os coletores móveis estão previstos para março, os demais ainda não há previsão de instalação e suas localizações.

“Levaremos para Porto Alegre o modelo que impacta positivamente outras cidades brasileiras, como o Rio de Janeiro, onde temos o Recicla Orla. Nosso intuito, neste primeiro momento, é iniciar um processo eficaz de conscientização“, afirma o ecólogo e CEO da Polen, Renato Parquet.

LIXO GERADO – De acordo com a GAM3 Parks, em média, entre os bares, o restaurante, ambulantes e público, é gerado pouco mais de três toneladas de lixo por dia nos espaços. Ao final do mês, a totalidade chega a quase 100 toneladas.

“O processo de conscientização será fundamental, precisamos mostrar a importância da separação de lixo e resíduos, e do descarte em local correto. A reciclagem traz muitos benefícios sociais, ambientais e econômicos“, diz Deboni.

As ações de conscientização, chamadas de “clean up”, devem ocorrer de forma específica, com datas pré-estabelecidas. A coordenação ambiental do Recicla Guaíba trabalha para criar o calendário de atuação e seu formato, que será revelado em breve.

“O programa vai ao encontro com a resolução do recorrente problema de lixo incorretamente descartado na área do Trecho 01 da Orla do Guaíba“, diz o engenheiro químico e especialista em gestão ambiental Piettro Kayser Boscardin, sócio da GAM3 Parks.

RESÍDUO QUE SE TORNA DINHEIRO – Além da instalação dos PEVs e clean ups, o programa também irá movimentar a roda econômica. Por uma iniciativa da Polen, já existente em outras cidades, o Recicla Guaíba contará futuramente com uma solução que funciona como uma espécie de moeda digital do lixo.

​​Na prática, primeiro os resíduos são coletados e separados por tipo em uma cooperativa de catadores de materiais recicláveis. Em seguida, os resíduos são vendidos pelos operadores para a indústria da reciclagem e são transformados em matéria-prima para novos produtos. As notas fiscais eletrônicas geradas com a comercialização destes resíduos são validadas, registradas via blockchain, e transformadas nos créditos de logística reversa, totalmente rastreáveis e impossíveis de serem duplicados. Para cada quilo de material reciclado, é emitido 1 crédito de logística reversa.

“Costumo dizer que os créditos funcionam como uma espécie de moeda digital que representa a reinserção de materiais recicláveis na cadeia produtiva, fazendo com que as empresas cumpram com a obrigação ambiental ao mesmo tempo em que ganham um ativo de posicionamento de marca pelo benefício trazido ao meio ambiente“, finaliza Paquet.

O público que interagir com os QR Codes dispostos nos PEVs terá acesso aos dados de todo volume coletado e tratado pelo Recicla Guaíba e sua destinação. Dados estes também dispostos futuramente no site www.reciclaguaiba.com.br

Fonte: Pulso Comunicação Criativa