Grupo de Resgate Animal do UniBH viaja ao Rio Grande do Sul para auxílio às vítimas das enchentes no estado

No último sábado, dia 04 de maio, o Grupo de Resgate Animal do UniBH desembarcou na cidade de Caxias do Sul e deslocou-se para Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, para salvar os animais das áreas atingidas pelas fortes enchentes que colocaram a cidade em situação de emergência. A instabilidade climática que causou a tragédia não tem previsão de cessar e já fez, até o momento, mais de 90 vítimas fatais, 132 pessoas desaparecidas e 361 feridas. 

Divididos entre médicos veterinários, acadêmicos de medicina veterinária do UniBH e voluntários, sete socorristas do grupo viajaram até a capital gaúcha para ajudar nos resgates. Em apenas três dias as equipes já salvaram mais de 40 vidas, entre cães e gatos, além de prestar socorro às pessoas em situação crítica por meio de atendimento clínico. Outros resgates, como de aves e animais de grande porte estão sendo executados pelo grupo, que ainda não tem previsão de retorno a Belo Horizonte e permanece nas áreas de risco auxiliando os atingidos. 

Para Aldair Pinto, coordenador das equipes e professor da instituição, o trabalho desenvolvido pelas competências técnicas para resgate aos animais ajuda, inclusive, na segurança dos tutores: “Em situações como esta, há muitos casos de famílias que optam por não evadir as áreas de risco para não deixar seus animais no local. Com o apoio do Grupo de Resgate Animal, estamos dividindo as atividades de forma que os animais destas pessoas possam receber o resgate e sair em segurança desta tragédia sem precedentes”, conta. 

Esta é a maior enchente da história no estado que tem, dos seus 497 municípios, 388 com algum relato de problema relacionado ao temporal. Ao todo, cerca de 1,3 milhão de pessoas foram afetadas de alguma forma, comprometendo desde perdas materiais à integridade física. 

Trabalhos como este já foram desenvolvidos dentro e fora do Brasil pelo Grupo de Resgate Animal, que há quase cinco anos é uma das grandes referências no trabalho voluntário. No final do ano passado, por exemplo, a equipe viajou a Santa Catarina para atender demanda similar na cidade de Rio do Sul, que teve quase toda a sua área geográfica submersa. De acordo com o professor, a possibilidade de desenvolver este trabalho em outros territórios deve-se à expertise técnica do grupo em primeiros socorros a animais nas áreas de vulnerabilidade.

Hoje somos um dos poucos grupos com aplicabilidade em nível técnico nos territórios nacional e internacional. Não é comum que isso seja feito com toda a estrutura que desenvolvemos ao longo do tempo, e é muito importante ter quem o faça para garantir a dignidade aos animais perante situações de desastre. Por isso existe o nosso trabalho, que é parecido com o dos bombeiros, mas focado na preservação da vida animal”, destaca.

Fonte: Rede de Comunicação

 

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