Salgado Filho irá completar 100 dias sem voos e ABAV-RS destaca resiliência do setor

Prestes a completar 100 dias desde que o Aeroporto Internacional Salgado Filho suspendeu suas operações em função das enchentes no Rio Grande do Sul, a confirmação da retomada dos voos no terminal deixou os agentes de viagens gaúchos mais confiantes. Os primeiros pousos e decolagens a contar da data em que o local teve suas atividades interrompidas, em 3 de maio, devem ocorrer de forma parcial a partir de outubro.

Espera-se que essa demanda de viagens atualmente reprimida, volte com força total uma vez que o aeroporto de Porto Alegre retorne por completo com sua malha aérea. Para o Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens do Rio Grande do Sul (ABAV-RS), João Augusto Machado, existe a “certeza de que assim que as companhias aéreas iniciarem as vendas de passagens para voos saindo do Salgado Filho, a movimentação das agências vai ser grande“. A expectativa da entidade é que as vendas do setor turístico comecem a dar sinais de melhora já a partir de setembro.

O presidente da ABAV-RS ainda destaca o papel dos agentes de viagem e sua resiliência frente a situações desafiadoras como a que o turismo gaúcho enfrenta. São estes profissionais que conseguem com sua expertise encontrar de maneira mais ágil as melhores alternativas aos viajantes, de acordo com seus perfis e necessidades. “Precisamos reconhecer que o papel do agente de viagens vai muito além da simples venda de passagens. Construímos relacionamentos duradouros com nossos fornecedores e clientes, profundo conhecimento do mercado e oferecemos serviço humano e personalizado, o que faz total diferença em momentos como este“, declara.

Outro fator que Machado ressalta é o da importância de um setor unido e integrado para o fortalecimento de seus interesses. Prova disso é que a ABAV-RS ultimamente cresceu em número de filiados, são 184 no total, um número recorde. E através de diversas ações, reuniões e eventos a associação tem atuado continuamente pela pronta recuperação do trade.

Impactos com o fechamento do aeroporto
O setor turístico segue muito resiliente, já que o fechamento do principal sítio aeroportuário do Estado alterou significativamente a demanda e a rotina destes profissionais. A busca por viagens mais curtas, de lazer ou corporativas, diminuiu, enquanto investimentos foram feitos para realocar em outros aeroportos aqueles passageiros que já estavam com viagens mais longas programadas. Em alguns terminais regionais alternativos como em Caxias do Sul, no Aeroporto Regional Hugo Cantergiani, o desafio é a frequente impossibilidade de pouso ou decolagem das aeronaves em dias mais nublados.

Além da Base Aérea de Canoas que opera temporariamente para os voos domésticos, as agências têm utilizado os aeroportos catarinenses de Jaguaruna e Florianópolis, especialmente no caso de destinos internacionais. Porém, a distância rodoviária destes terminais ainda desestimula muitos passageiros.

Fonte: Andressa Griffante – Andressa Griffante – Jornalista RSbloggers
Foto: Thinkstock Images

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