Teatro CIEE passa a se chamar Teatro Otto Walther Beiser
A partir desta segunda-feira (02/09), o Teatro CIEE-RS passa a se chamar Teatro Otto Walther Beiser. A mudança de nome homenageia o ex-presidente, que presidiu o CIEE-RS durante 33 anos (de 1983 a 2016) promovendo relevante desenvolvimento da instituição e incentivando a cultura. O anúncio foi feito na noite de domingo, durante o Concerto da Primavera, com a apresentação da Orquestra Sinfônica da Universidade de Caxias do Sul e da solista e pianista Olinda Allessandrini, integrando as comemorações dos 50 anos do CIEE-RS. “Além do histórico da boa gestão e de uma estrutura moderna e própria para acolher estagiários e aprendizes, ele construiu um legado cultural, fruto de sua paixão pela boa música”, disse o presidente Marivaldo Tumelero, ao fazer a entrega da réplica da placa descerrada no saguão do Teatro.
Emocionado com a surpresa feita pela diretoria e pelo Grupo gestor, o homenageado disse que sempre teve afinidade com os propósitos do CIEE, um desafio que se tornou realidade com mais de 1,8 milhão de estágios oferecidos e mais de 44 mil aprendizes qualificados e valorizados para o mundo do trabalho. O ex-presidente lembrou que a cultura é transformadora. Ele próprio começou a estudar piano em 1944. Desistiu seis anos depois, mas não acabou seu gosto pela música clássica.
Ao decidir sobre a construção da nova sede do CIEE-RS na Rua D.Pedro II, entendeu que Porto Alegre comportava um teatro de alto nível com espaço adequado para grandes espetáculos culturais e artísticos, o que exigiria um bom piano, o Steinway & Sons, escolhido por Olinda Allessandrini em Hamburgo, na Alemanha, usado em todos os Concertos de Outono e Primavera promovidos ininterruptamente.
No evento de domingo que lotou o teatro, o público apreciou obras de Ottorino Respighi – Trittico Botticelliano (Três Pinturas de Botticelli) – e de Mozart – Concerto para piano e orquestra Nº. 21 em Dó Maior K. 467, sob a regência do maestro Manfredo Schmiedt. A surpresa ficou por conta da apresentação da Suíte Sempre Chiquinha, celebrando a vida e obra de Chiquinha Gonzaga, num toque bem brasileiro e que teve a caracterização da pianista Olinda Allessandrini.