Terça Lírica apresenta dia 15 “Così fan tutte”, a última ópera de Mozart e Da Ponte

No dia 15 de julho, a Terça Lírica do Memorial do Judiciário RS apresenta uma versão pocket de “Così fan tutte”, ópera cômica em dois atos de Wolfgang Amadeus Mozart. Com libreto do importante escritor do século XVIII Lorenzo da Ponte, a obra foi escrita sob encomenda para o imperador Joseph II e teve sua estreia em 26 de janeiro de 1790, no Hofburgtheater de Viena, sob a regência do próprio compositor. É um dos momentos mágicos da história da ópera em que a qualidade de texto e de música se une na forma de grande teatro, repleto de possibilidades de interpretação.

A ópera, cujo título completo é “Cosi fan tutte, ossia la scuola degli amanti” (“Assim fazem todas” ou “A Escola dos Amantes”), é uma história cômica sobre prova de fidelidade entre dois jovens casais, partindo da premissa de que todas as mulheres são infiéis.

A trama se passa na Baía de Nápoles, no século XVIII. Profundamente convencido da infidelidade feminina, o cínico Don Alfonso (Vinícius Braga) provoca seus jovens amigos Ferrando (Roger Scarton) e Guglielmo (Alex Barbosa), questionando a constância de suas noivas, as irmãs Dorabella (Rose Carvalho) e Fiordiligi (Jou Bennemann). Para provar sua afirmação, Alfonso propõe o seguinte plano: que digam às noivas que estão partindo para a guerra e retornem vestidos como soldados albaneses, prontos para fazer qualquer coisa para seduzir as noivas solitárias.

Fiordiligi e Dorabella parecem indignadas quando sua criada Despina (Deizi Nascimento), cúmplice de Don Alfonso, introduz em sua casa os albaneses. As duas irmãs, a princípio, os rejeitam, mas logo se deixam seduzir pelos novos pretendentes que, gradualmente, se desiludem ao verem suas amadas os traindo.

“Todas fazem isso!” (“Così fan tutte”), conclui Dom Alfonso, encantado por ter comprovado sua teoria. Quando a farsa é revelada, os dois casais se reencontram, apesar de tudo, sem grandes ilusões sobre sua felicidade e a história não deixa claro que os casais voltaram para suas formações originais.

Embora, atualmente, seja uma das óperas mais emblemáticas de Mozart, “Così fan tutte” aparentemente não foi tão bem recebida pelo público, devido ao libreto supostamente imoral em que, de alguma forma, expunha as mulheres. Sua qualidade musical é incontestável, com elementos musicais bastante complexos que evidenciam a relação perfeita entre texto e música.

Com curadoria de Flávio Leite, presidente da Companhia de Ópera do RS, “Così fan tutte” tem direção cênica de Rosimari Oliveira e musical do pianista Eduardo Knob.

SERVIÇO
15 de julho | Terça-feira | 19h
“Così fan tutte”, de Mozart
Onde: 
Auditório Osvaldo Stefanello do Memorial do Judiciário RS – 6º andar – Praça Marechal Deodoro, 55 – Centro Histórico
ENTRADA GRATUITA

Fonte: Roberta Amaral | Jornalista
Foto – Cosi Fan Tutte por @vitoriaproenca

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