A exposição “Sentimentos, erosões e outros acidentes digitais”, individual do artista Muriel Paraboni, com curadoria de Anaurelino Barros Neto, tem abertura no dia 2 de julho no Centro Histórico e Cultural Santa Casa, em Porto Alegre. A mostra traz 28 obras em mídias variadas, realizadas entre 2014 e 2019 a partir de  processos envolvendo fotografia digital. A produção gravita entre a desfiguração e a total abstração, espécies de sedimentações, testemunhos, indícios de pensamento visual.

Muriel Paraboni – Foto por Marcus Jung

Segundo o artista, a concepção das imagens se dá de maneira sistemática, porém indireta, quase acidental: os registros acontecem em habituais saídas de campo em que a fotografia constitui apenas uma ferramenta processual, como dispositivo de pesquisa exploratória em projetos específicos envolvendo outros suportes, como pintura, colagem e vídeo. “Gosto de desafiar a
visibilidade, seja de um objeto, um lugar, uma paisagem. Selecionar uma imagem do mundo e atuar sobre ela, explorar sua materialidade”, afirma o artista. “É como penso a abstração: ir além da superfície visível para dar forma a esse ente subjetivo e único que é a obra de arte. Então não importa o suporte, cada escolha envolve uma experiência distinta.”

“Sentimentos, erosões e outros acidentes digitais” estará aberta à visitação na galeria Multiuso do Centro Histórico e Cultural Santa Casa de 3 de junho a 25 de agosto.

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